De onde vem os animais das Coleções Zoológicas?
Uma das primeiras perguntas que surgem quando recebemos visitas em nosso Laboratório é: Vocês matam todos esses animais? É claro que não! Mas então, de onde vem todos esses animais que estão expostos? Os exemplares que estão em nosso Laboratório, e outros espalhados pelo Brasil e pelo mundo, podem ter origens diferentes. É o que vamos te explicar agora. A maioria dos animais presentes nas coleções didáticas são oriundos de doações. É isso mesmo! Doações de órgãos ambientais públicos ou até mesmo de empresas privadas.

© LABEA.

© IBAMA.
Alguns exemplares podem vir dos Centros de Triagem de Animais Silvestres - Cetas, que é um órgão gerenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA. Os Cetas do IBAMA são responsáveis pelo manejo de animais silvestres recebidos de ação fiscalizatória de tráfico, resgate ou entrega voluntária. Suas unidades estão espalhadas por todo o Brasil e tem o propósito de receber, identificar, marcar, triar, avaliar, recuperar, reabilitar e destinar esses animais de volta à natureza. O que acontece é que, as vezes, infelizmente esses animais vêm a óbito antes mesmo de serem devolvidos à natureza, pois são vítimas de maus tratos em cativeiro. Então, para honrar a vida desses animais, eles são destinados para as universidades, para que possam colaborar com atividades educativas, inclusive de combate ao tráfico e maus tratos a animais silvestres.

© Flaticon.
Outra forma de doação é a de empresas privadas de consultoria ambiental, que para fazer cumprir a lei, devem depositar os animais coletados em uma coleção zoológica. Então, por vezes algumas dessas empresas que atuam em empreendimentos na nossa região nos procuram para doar exemplares que normalmente já vêm identificados.

© Tuane Eggers.
Outra possível origem de exemplares de nossa coleção é a pesquisa científica. Estudantes e pesquisadores, com as devidas autorizações, podem realizar coletas de animais para fins de estudos científicos. Após a finalização das atividades muitos acabam nos doando os animais que foram objetos de suas pesquisas.
E é assim que, a partir das doações acima citadas, nossas coleções são construídas e posteriormente apresentadas na universidade, escolas básicas e, eventualmente, para a comunidade, contribuindo ativamente no ensino e na educação ambiental e científica da população.
Por: Laiane Couto* / Revisão: Kamila Barros**.
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Referência: BRASIL. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA. Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Disponível em: <https://www.gov.br/ibama/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/o-que-sao-os-cetas>. Acesso: 18/05/2021.
*Graduanda em Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado da Bahia, Campus VI - Caetité. Bolsista do Projeto de Extensão 'Digitalização da coleção zoológica didática do LABEA como contribuição ao ensino remoto e divulgação científica'.
**Professora da Universidade do Estado da Bahia, Campus VI - Caetité. Graduada em Ciências Biológicas (2005) e Pós-Graduada em Zoologia (2009), com ênfase em Zoologia Aplicada, pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC. Coordena o Projeto de Extensão 'Digitalização da coleção zoológica didática do LABEA como contribuição ao ensino remoto e divulgação científica'.
